20 março 2023

 


Há muito tempo, o sol e a água eram grandes amigos e viviam juntos na Terra. Sempre que podia   o sol visitava a água, mas ela jamais retribuía a gentileza.A água nunca ia visitar o sol. Por fim, o sol quis saber qual o motivo do seu desinteresse e a água respondeu que a casa do sol não era grande o bastante para que nela coubessem todos com que vivia com ela  e, se aparecesse por lá, acabaria por despejá-lo de sua própria casa.

— Caso você queira que eu realmente o visite, terá que construir uma casa bem maior do que a que tem no momento, mas desde já fique avisado de que terá que ser algo realmente muito grande, pois o meu povo é bem numeroso e ocupa bastante espaço.

O sol garantiu-lhe que poderia visitá-lo sem susto, pois trataria de tomar todas as providências necessárias para tornar o encontro agradável para ela e para todos que o acompanhassem. Chegando em casa, o sol contou à lua, sua esposa, tudo o que a água lhe pediu e ambos se dedicaram com muito esforço à construção de uma casa enorme que comportasse sua visita.

Quando tudo estava pronto, convidaram a água para visitá-los.

Chegando, a água ainda foi amável e perguntou:

— Vocês têm certeza de que realmente podemos entrar?
— Claro, amiga água— respondeu o sol.

A água foi entrando, entrando e entrando, acompanhada de todos os peixes e mais uma quantidade absurda e indescritivelmente grande de criaturas aquáticas. Em pouco tempo a água já se encontrava nos joelhos.

— Vocês estão certos de que todos podem entrar? — insistiu preocupada.
— Por favor, amiga água — insistiu a lua.

Diante da insistência de seus anfitriões, a água continuou entrado com sua gente para dentro da casa do sol. A preocupação voltou quando ela atingiu a altura de um homem.

— Ainda posso entrar? — insistiu — Olha que está ficando cheio demais...
— Vai entrando, minha amiga, vai entrando — o sol realmente estava muito feliz com a sua visita.

A água continuou entrando e jorrando em todas as direções e, quando se deram conta, o sol e a lua viram-se forçados a subir para o alto do telhado.

— Acho que vou parar... —disse a água, receosa.
— O que é isso, minha água? — espantou-se o sol, mais do que educado, sem esconder uma certa preocupação.

A água continuou jorrando, empurrando seu povo para dentro, ocupando todos os cômodos da ampla casa, inundando tudo e, por fim, fazendo com que o sol e a lua, sem ter mais pra onde ir ou se refugiar, subissem para o céu, onde estão até hoje.

17 março 2023

A ÁGUIA E O SEU CAÇADOR



 A ÁGUIA E O SEU Caçador

Uma águia morava sozinha nas montanhas,e amava voar assim que amanhecia,era sua rotina.
Havia um caçador que estava de olho na águia á alguns dias e decidiu capturá-la,  atirou na águia com uma flecha e a probrezinha caiu no chão,o caçador pegou o animal e levou para sua casa e pretendia venda-la depois de alguns dias presa ele resolveu cortar as asas, soltou-o entre as aves no seu galinheiro, onde se encurralou num canto, parecendo muito abatido e triste

Depois de um tempo, o caçador ficou contente por vendê-lo a um vizinho, que o levou para casa e cuidou da águia   deixou as suas asas crescerem novamente. 
Assim que ele recuperou o uso delas, ela ficou tão agradecida que queria de alguma forma agradecer ao seu novo dono, saiu a voar e pegou uma lebre, que ele trouxe para casa e apresentou ao seu benfeitor que ficou feliz com o presente 

Uma raposa observou isto, disse à águia:

— Entendo que você esta grato por morar aqui e achar um cuidador tão bom, mas não desperdice seus presentes com ele!, pois ele já gosta de você mesmo que não desse nada.
 Vai e entrega-os ao homem que primeiro te capturou, faz dele teu amigo, para que depois, talvez, ele não te capture e corte as suas asas novamente."

Moral da história: Tente fazer do teu inimigo, seu amigo.
Mantenha seus amigos por perto e seus inimigos mais perto ainda

A ÁGUIA E O BESOURO



 A ÁGUIA E O BESOURO

O Besouro  morava em uma casa próximo a uma árvore,ele tinha um amigo coelho que sempre ia visitá-lo quando estava sol.

Amanheceu um dia bonito e ensolarado, estava o coelho indo para casa do besouro quando de longe viu a águia que estava voando no céu, o coelho começou a ficar com medo e saiu correndo em direção ao seu destino  

A águia, vendo o coelho fugir, começou a perseguir o pobre animalzinho, que estava correndo para salvar sua vida. O coelho correu muito e  finalmente chegou a casa do besouro que vendo aquela cena  correu para ajudar. Então, quando a águia abaixou, o besouro avisou:


- "Não toque no coelho, ela está sob a minha proteção e é meu amigo


Mas a águia deu gargalhada de deboche,e respondeu -Quem é você para me das ordens, olhe seu tamanho, você é pequeno e não pode fazer nada contra mim,na mesma hora, agarrou o coelho e o devorou.



O besouro ficou com muita raiva disso,e resolveu que aquilo não ficaria assim,e que ele daria uma lição na águia, para que ela o respeitasse, então o besouro teve uma ideia,ele  sempre ficava de olho no ninho da águia, para que quando a águia colocasse um ovo, ela subiria e empurraria  ovo para fora do ninho para quebrá-lo.



A águia ficou tão preocupada, pois percebeu que o besouro estava bolando algum plano contra ela , então ela foi até o protetor da águia e , implorou-lhe que lhe desse um lugar seguro para fazer o ninho, assim, ele a deixou pôr seus ovos em seu colo.


Mas o besouro notou isso ,e fez uma bola de sujeira do tamanho de um ovo de águia, voou e depositou-a no colo do protetor . Quando o protetor viu a sujeira estranhou, levantou-se para limpar e se esqueceu  dos ovos,  que caíram no chão se partindo ao meio.

Finalmente a águia entendeu  o recado  Desde então, dizem que as águias nunca põem seus ovos na estação em que os besouros estão por perto.


Moral da história: Os fracos às vezes encontram maneiras de vingar um insulto, mesmo sobre os fortes, pois os fortes pensam que nada irar acontecer com eles.



08 março 2023



 As estações (autor desconhecido)

Um homem tinha quatro filhos. Ele queria que seus filhos
aprendessem a não julgar as coisas de modo apressado, por isso, ele mandou cada um viajar para observar uma pereira que estava plantada em um distante local.

O primeiro filho foi lá no Inverno, o segundo na Primavera, o terceiro no Verão e o quarto e mais jovem, no Outono.

Quando todos eles retornaram, ele os reuniu e pediu que cada um descrevesse o que tinham visto.

O primeiro filho disse que a árvore era feia, torta e retorcida.

O segundo filho disse que ela era recoberta de botões verdes e cheia de promessas.

O terceiro filho discordou. Disse que ela estava coberta de flores, que tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas, que ele arriscaria dizer que eram a coisa mais graciosa que ele tinha visto.

O último filho discordou de todos eles; ele disse que a árvore estava carregada e arqueada, cheia de frutas, vida e promessas…

O homem, então, explicou a seus filhos que todos eles estavam certos, porque eles haviam visto apenas uma estação da vida da árvore…

Ele falou que não se pode julgar uma árvore, ou uma pessoa, por apenas uma estação, e que a essência de quem eles são e o prazer, a alegria e o amor que vêm daquela vida, podem apenas ser medidos ao final, quando todas as estações estiverem completas.

Se você desistir quando for inverno, você perderá a promessa da primavera, a beleza do verão, a expectativa do outono.

Não permita que a dor de uma estação destrua a alegria de todas as outras. Não julgue a vida apenas por uma estação difícil.

07 março 2023



 A CADELA E A PORCA

Uma cadela e uma porca eram vizinhas e estavam prestes a terem lindos filhotinhos, os dias iam se passando e finalmente chegou o grande dia, os filhotinhos chegaram com saúde e alegraram a vizinhança inteira, os filhotes da porquinha eram fofos, educados, o da cadela eram alegres e inteligentes.

As novas mamães estavam orgulhosas de seus lindos filhotinhos, e em uma conversa no meio da tarde começou uma discussão para saber qual era os filhotes mais lindo, o da cadela ou da porquinha, foi feita votação e não se chegou a nenhuma conclusão, pois deu empate.

  A vaca que era uma ótima mamãe chegou e disse que aquela discussão era sem sentindo que todos os filhotes tem suas diferenças e não havia necessidade daquela conversa.

 A cadela para acabar com aquela confusão aceitou o empate- Nossos filhotes são lindos, porquinha, acabou o assunto, mas dona porca achou aquilo uma ironia, e esbravejou 

- "De qualquer maneira, os meus podem enxergar quando nascem, mas os teus nascem cegos."



Moral da história: Alguns prefere insultar ao invés de mostrar valor, em vez da porca ficar feliz porque todos os animais haviam dito que seus filhotes também eram bonitos, preferiu insultar a cadela.

A AGUIA E A FLECHA

 Uma águia estava sentada no pico de um penhasco, conversando com sua amiga águia que morava longe e chegou para uma visita, 

Águia pediu que sua amiga entrasse para comer alguma coisa e conversar, depois de algum tempo resolveu confiar em sua amiga e contar -lhe um segredo

— Amiga, você sabia que eu guardo diamantes na minha casa? A outra águia exclamo respondendo,

— não sabia amiga, que legal,

— sim, e eles são adoráveis e ilumina o meu quarto, e decora  minha cama, para que eu possa dormir mais agradável,

A outra águia acho aquilo incrível, e elas passaram o dia todo falando deste assunto,

quando chegou a noite ela se despediu e partiu para casa.

 

A outra águia era domesticada e morava junto a um caçador e  resolveu contar ao seu dono o que havia acontecido,o caçador logo ficou interessado nos diamantes, e no dia seguinte pegou a pena águia e produziu uma flecha e saiu  para buscar  o tal diamante


Estava um dia lindo e ensolarado,a águia como de costume saiu e pousou novamente no penhasco para tomar um pouco de sol 

Assim que o caçador chegou, viu a águia descansado no pico e atirou uma flecha que lhe atravessou o corpo.

Enquanto a águia caia ferida para a morte sem entender direito o que tinha acontecido, ela olhou para o lado e percebeu que a flecha era feita com penas de sua própria espécie, e descobriu que tinha sido traída, pois não tinha contado aquele segredo a ninguém, somente a águia que julgava ser sua amiga e exclamou: QUE TRISTEZA TERMINAR MEUS DIAS POR CAUSA DAS PENAS DE MINHA ESPÉCIE..

Moral da história: Muitas vezes temos quer ter cuidado, pois nós mesmo podemos causar nossa destruição.

ABELHA E JÚPITER


   

 Houve um dia em que a rainha das abelhas estava grata por tudo que recebeu do Deus  Júpiter, por tudo quanto ele havia lhes dado, principalmente os campos, as flores e o néctar em abundância. E decidiu presenteá-lo com o que de melhor elas possuíam para oferecer, que era o mel produzido por cada uma graças à fartura da matéria-prima que cada abelha recebia. Então ela procurou as melhores colmeias, recolheu a quantidade de mel que julgou ser suficiente e voou com ele para o Monte Olimpo, onde morava Júpiter

       Ele ficou tão satisfeito com o presente recebido que desejou retribuí-lo, e para isso prometeu dar à abelha qualquer coisa que ela desejasse. Ao ouvir tal oferecimento, a rainha não se conteve e pediu:

         -- Oh, Júpiter, dê-nos um ferrão com o qual possamos nos defender. Mas que seja tão forte e resistente que com ele consigamos ferir e matar aqueles que se aproximarem de nossa casa com intenção de nos roubar o mel.

         O deus maior não gostou do espírito vingativo facilmente perceptível no pedido feito pela abelha, mas como não podia voltar na palavra empenhada, ele declarou:

-Oh abelha, eu fico feliz com seu presente, mas muito triste com seu pedido 

         -- Vou TE dar o ferrão que me está sendo pedido, mas com a condição de que se vocês o usarem para atacar qualquer coisa viva, a picada poderá ser mortal.

         Ao ouvir essas palavras, A abelha bateu palmas de FELICIDADE, e agradeceu, Júpiter completou sua fala: 

        -- Mas devo avisá-la de que a picada será mortal também para vocês, porque como o ferrão se quebrará no momento em que for usado, a abelha que tiver feito isso morrerá logo em seguida.

        Moral da história: Quem pratica o mal, recebe o mal como recompensa.

Quem faz o mal, receberá o mal.

A vida se encarrega de devolver tudo que você faz. Se faz o bem, recebe o bem; se faz o mal, recebe o mal.

06 março 2023




 A COBRA E JÚPITER

Uma cobra que morava na floresta estava insatisfeita com a vida que levava, sofria muito por ser constantemente pisada por homens e animais, era pisada dia  e noite, na cabeça, no corpo, e na cauda, ela estava zangada por à sua incapacidade de subir acima da superfície do solo, então ele foi e reclamou para Júpiter sobre os riscos aos quais estava exposto.

Entao viajou longos períodos até chegar à casa do mandachuva.

Depois de muito caminha, tomou muita chuva e muito sol na cabeça, chegou lá mais furiosa ainda por ter de caminha para um lugar tão  longe, quando chegou foi logo reclamando

— Não aguento mais isso, é um desrespeito, sou constantemente pisada e amarrotada, não acredito que ninguém esteja me vendo, eles fazem isso de proposito, certeza.

— Estou com os meus dentes quebrado, e minhas costas doloridas e quando vou reclamar ninguém me diz nada

Júpiter tinha deixou que a cobra reclamasse e falasse o dia todo do que era preciso ser feito para seu bem, estar, ele ficava olhando a cobra sem dizer uma palavra, até que ela esbravejou, você eta ouvindo eu falar? Você acha certo o que esta acontecendo comigo?

Júpiter sabia que a cobra era uma reclamona, mas, no fundo, ela estava certa

Júpiter era muito sábio, e por mais que não que simpatizava com a cobra resolveu dar sua opinião



- "Ouso dizer, que se você tivesse mordido o primeiro que a atormentou, os outros teriam tido mais cuidado em olhar onde colocam seus pés."


Moral da história: Acabe com o mal logo no início,

Rei Midas e o Toque de Ouro


 Era uma vez, um rei chamado Midas. O rei Midas amava três coisas mais do que tudo no mundo: sua filha, seu jardim de rosas e o ouro. Sua maior alegra era ver a filha colhendo rosas no jardim, que depois colocava em um vaso de ouro para decorar o castelo.

Uma noite, enquanto caminhava pelas rosas, o rei tropeçou em um sátiro, uma figura que era metade homem e metade cabra, que parecia faminto e doente. O rei Midas trouxe o sátiro para seu castelo e ordenou que cuidassem dele. Quando o sátiro acordou na manhã seguinte, contou que era protegido pelo deus Dioniso e, para agradecer, poderia realizar qualquer desejo seu.

O rei não desejava nada para sua filha porque havia lhe dado tudo que ela queria e muito mais. Também não desejava nada para o seu jardim de rosas porque todos sabiam que ele cultivava as melhores rosas do mundo. Sobrou o ouro. Então o rei Midas desejou que tudo o que ele tocasse se transformasse em ouro. Ele não tinha muita esperança de que seu desejo fosse sido atendido, mas ficou feliz por ter ajudado o sátiro.

No entanto, quando voltou ao seu castelo, ele puxou uma cadeira para se sentar à mesa. No minuto em que ele a tocou, a cadeira ficou dourada. Ele tocou a mesa. Ele tocou um vaso. Assim que ele os tocou, eles se transformaram em ouro. O rei Midas correu pelo seu castelo. Tudo que ele tocava virava ouro! Ele estava tão feliz que gritou para os seus servos prepararem um banquete!

Eles cozinharam e cozinharam e lhe serviram o banquete. Foi aí que o problema começou. Ele estendeu a mão e pegou um punhado de comida que se transformou em ouro. Tentou se inclinar e rasgar um pedaço de carne com os dentes, mas não adiantou. A carne se transformou em ouro em sua boca. Os olhos do rei se encheram de medo. Ele sabia que se não pudesse comer, morreria de fome.

Rei Midas vagou tristemente para seu jardim de rosas. Sua filhinha estava colhendo flores e correu para os braços dele, se transformando em ouro também. O rei Midas baixou a cabeça e chorou. Quando suas lágrimas caíram sobre as rosas preciosas, elas se transformaram em ouro, mas o rei não se importou.

Ele não se importava mais com as rosas, o ouro ou consigo mesmo. Foi aí que implorou: "Dioniso, ouça minha oração! Retire meu desejo! Por favor, retire meu desejo e salve minha filha!". Pela última vez, o desejo do rei Midas foi atendido e tudo voltou ao normal.

A PEQUENA SEREIA ARIEL

 


A pequena sereia

Era o dia de FESTA no reino do rei no fundo do mar.


Sereias e tritões apressavam-se em direção ao recinto para arranjar um bom lugar. O caranguejo, compositor, dava os primeiros sinais para organizar a orquestra e assim poder começar o concerto.



Ia ser uma noite muito especial, pois além   das filhas do rei Tritão se apresentarem, a sereia Ariel também iria cantar o seu primeiro solo!


A música começou e as sereias começaram a cantar uma melodia mágica que encantava a todos

 Quando chegou a vez de Ariel cantar, a grande concha onde ela deveria estar abriu-se e, para a surpresa de todos, estava vazia!!


O rei, enfurecido, gritou por Ariel e mandou os seus tritões procurá-la.


Perto dali, Ariel e o seu amigo peixinho nadavam em volta de um navio naufragado, tentando encontrar alguma coisa interessante. Ariel tinha-se esquecido completamente a festa para que ela pudesse cantar



Estavam tão distraídos, que só se deram conta da presença de um tubarão quando eles estavam junto deles. Os dois amigos nadaram rapidamente para poderem fugir do tubarão, mas ele era mais rápido e estava prestes a alcançá-los.


Ariel puxou então o peixinho, para dentro de um grande barco abandonado, mas quando o tubarão tentou fazer o mesmo, ficou preso, sem se conseguir mexer.



– Bem feito! – disse o peixinho, e Ariel e o seu amigo afastaram-se tranquilamente.


Entretanto, nas profundezas do mar, a bruxa  malvada  olhava pela sua bola mágica para espiar Ariel. A bruxa era invejosa e desejava poder ficar com a maravilhosa voz da pequena sereia.



Ariel voltava para casa quando, pelo caminho, se lembrou da festa 

– Xi, esqueci do meu primeiro dia de canto, O pai vai ficar tao bravo


E apressou-se  PARA casa.


Quando chegou, seu pai ordenou que ela não sairia mais sozinha que o caranguejo iria vigiá-la


Ariel queria muito conhecer o mundo dos humanos e não percebia como um mundo que fazia coisas tão bonitas podia ser tão mau, como o pai lhe dizia. 


Numa noite de tempestade, um navio atravessava os mares com bastante dificuldade. Nele viajava o jovem príncipe. O mar tornava-se cada vez mais agitado até que um dos seus marinheiros gritou:


– Vem aí um furacão, Senhor!


Mas antes que pudessem fazer alguma coisa para se protegerem, ondas gigantes atiraram o barco contra as rochas e este afundou-se, lançando o príncipe  para o mar.


Ariel, ao dar-se conta que o príncipe se afundava, nadou até ele para o salvar. O príncipe foi levado pela sereia até à praia e cantou até ele acordar. Assim que acordou e olhou para Ariel, ouviu-a dizer:


– Um dia farei parte do teu mundo. – e rapidamente se afastou do príncipe e mergulhou até ao fundo do mar.


O príncipe foi encontrado por um criado que o levou até o palácio. Pelo caminho, ele contou ao empregado que tinha sido salvo por uma linda moça com uma voz maravilhosa.


Novamente o rei Tritão descobriu que Ariel tinha ido outra vez à superfície e ficou muito zangado, e, mais uma vez, disse:


– Ariel, os humanos são todos iguais! São selvagens e incapazes de amar! – E com um golpe só, vindo do seu tridente, destruiu todos os tesouros de Ariel, deixando-a desconsolada.


Enquanto Ariel chorava, duas enguias malvadas disseram para ela que todos os seus sonhos poderiam ser realizados se falasse com a bruxa do mar. Ariel então foi até a bruxa que concordou em ajudar a sereia em troca da sua voz!


Ariel queria tanto ter pernas para ir ter com o príncipe por quem se apaixonara e por isso aceitou. Mas a bruxa acrescentou:


– Terás três dias, até ao por do sol, para que o príncipe se apaixone por ti. Se isso não acontecer, voltarás a ser sereia e minha escrava para sempre!


Ariel concordou e passado pouco tempo encontrava-se na praia, com a sua cauda transformada em lindas pernas. O príncipe  que passeava com o seu cão na praia viu Ariel e correu até ela, perguntando se precisava de ajuda

Mas Ariel, sem a sua voz, só conseguiu acenar que sim com a cabeça.


Ele sentia que Ariel era a sereia que a tinha salvado, mas como? Ela não conseguia falar quanto mais cantar!  levou Ariel para o palácio e apresentou-a a todos. Os dias iam passando e os dois estavam muito felizes juntos.


Entretanto, no fundo do oceano, o rei Tritão estava preocupado, pois não encontrava Ariel.


A bruxa,  com a sua bola mágica, observava Ariel e o príncipe, cada vez mais apaixonados. Então imaginou um plano para os separar. Transformou-se numa bela menina chamada Bruna e usou a voz da Ariel, que se encontrava guardada num búzio mágico ao pescoço da bruxa, para enganar o príncipe.


Quando o príncipe ouviu Bruna cantar, ficou logo enfeitiçado e decidiu casar com ela. Ariel tinha perdido o amor da sua vida e iria ser escrava da bruxa  para sempre!


A gaivota amiga de Ariel, que se encontrava a bordo do barco onde iam casar o príncipe e Bruna, conseguiu descobrir que a tal Bruna era a bruxa disfarçada e avisou o caranguejo.


Os dois, com outros animais do mar tentavam impedir o casamento. No meio da confusão, o búzio da bruxa caiu ao chão e Ariel recuperou de novo a sua voz!


Ao ver o príncipe, ela chamou por ele:


– Você consegue falar… É você mesma então! Sempre foi você…


Ariel e Eric estavam prestes a beijar-se quando a bruxa se  transformou num monstro marinho e arrastou Ariel para si. A noite caiu e as pernas de Ariel voltaram a ser cauda de sereia.


O rei Tritão apareceu e Úrsula falou-lhe do acordo que tinha feito com a sua filha. O rei propôs à bruxa que libertasse Ariel, ficando o rei como seu escravo. A bruxa aceitou e assim que adquiriu os poderes do rei, ficou ainda maior e mais malvada e gritou:


– Agora sou eu quem manda no oceano! Ahahahaha!


Ao ver isto, o corajoso príncipe levou o navio  atropelando a bruxa! Ela então afundou no mar e os poderes do rei voltaram!


O rei Tritão, percebendo que o príncipe  e Ariel gostavam um do outro, transformou a cauda de Ariel em pernas novamente, para que Ariel pudesse viver feliz para sempre junto do seu príncipe .




 

A bailarina

Cecilia Meireles

Esta menina tão pequenina quer ser bailarina.

Não conhece nem dó nem ré mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá

mas inclina o corpo para cá e para lá.

Não conhece nem lá nem si mas fecha os olhos e sorri.

Roda, roda, roda com os bracinhos no ar

e não fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu e diz que caiu do céu.

Esta menina tão pequenina quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças, e também quer dormir como as outras crianças.

Retirado do livro Ou isto ou aquilo, de Cecilia Meireles, Civilização Brasileira.



 Uma águia estava muito solitária e resolveu sair para encontrar amigos, no meio do passeio encontrou  uma raposa começaram a conversar, elas se tornaram grandes amigas, depois de algum tempo a águia e a raposa decidiram a viver uma perto da outra. Assim, a águia construiu um ninho no topo de uma árvore, enquanto a raposa se estabeleceu em uma mata ao pé dela e produziu uma ninhada com lindas raposas.


Um dia a raposa saiu em busca de alimento, para dar aos seus filhotes, a águia também queria se alimentar, voou para a mata e procurou em todo canto, mas não conseguiu achar nada, quando estava voltando teve uma ideia, foi até o ninho e pegou os filhotes da raposa e as levou para a árvore para uma refeição para ela e sua família.


Quando a raposa voltou, e não achou seus filhotes começou a procurar por todo canto, depois de muito procurar descobriu o que havia acontecido, a raposa ficou triste pela perda de seus filhotes, e muito decepcionada, pois achava que a águia era sua amiga, a raiva tomou conta dos seus sentimentos, e ficou ainda mais furiosa porque não conseguia chegar até a águia e fazê-la ela pagar por sua traição.


Então, olhou de longe e amaldiçoou. Porém, não demorou muito para ela ter sua vingança.

 Alguns aldeões estavam assando carne em um altar vizinho e a águia voou e pegou um pedaço para si e levou até seu ninho, a carne esta muito quente e ainda em brasas, de repente soprou um vento forte e a brasa da carne se acendeu,o ninho começou a pegar fogo, como resultado os  filhotes da águia caíram meio no chão. Então a Raposa correu para o local e os devorou na vista da águia.

A águia não pode fazer nada e ficou observado do alto com profunda tristeza


Moral da história: quem com ferro fere, com ferro sera ferido

Essa historia nos faz refletir no retorno daquilo que é feito, anunciando assim a necessidade se pensar sobre aquilo que se faz, devendo se perguntar antes se gostaríamos de estar no lugar da outra pessoa, pois pode ser que estejamos nele depois.

Ou seja, quando você machuca alguém, seja fisicamente ou no sentido figurado, você também poderá ser machucado depois, mesmo que demore ou que isso seja feito por uma outra pessoa. Acreditar nisso desenvolve empatia, ainda que seja por meio do medo em primeiro momento.