João e Maria

Há muitos anos, havia duas crianças,com o nome de  João e Maria, que morava com seu pai e sua madrasta em  uma casa muito pobre  na floresta. O pai era lenhador e os tempos eram de escassez. A família passava por muitas dificuldades e não tinham nada para comer.

Diante dessa situação, a madrasta, que era uma mulher mesquinha e malvada, elabora um plano horrível de abandonar as crianças na floresta . O pai, a princípio, não concorda, mas acaba cedendo e aceita a sugestão de sua esposa.

João e Maria escutam a conversa dos adultos e ficam com muito medo. Entretanto, o menino tem a ideia  de jogar  pedaços de pães pela estrada  para marcar o caminho de volta para casa caso seu pai decida cumprir o plano 

Assim, na manhã seguinte, todos saem em direção à floresta com a desculpa de que iriam cortar lenha.

João e Maria  saem com o saco com o pão.

Quando no meio da floresta  o lenhador acende uma fogueira e diz para seus filhos ficarem lá até que eles voltem para buscá-los, o que obviamente não acontece.

As crianças ficam certo tempo nesse local, mas depois percebem que realmente não seriam resgatadas. Então eles decidem retornar seguindo os pedaços de pães que João havia deixado pelo caminho.

Ao chegarem em casa, João e Maria são recebidos com satisfação pelo pai. A madrasta,  fica furiosa e decide levá-los para mais longe.

Então, poucos dias depois, o casal dá um pedaço de pão para cada criança e sai mais uma vez rumo à floresta. , João e Maria deixam pelo caminho pequenos nacos do pão.

Dessa forma, eles são levados para um local ainda mais remoto e perigoso.

Quando os irmãos tentam voltar para casa, se dão conta de que as migalhas deixadas como marcas tinham desaparecido, provavelmente devoradas pelos pássaros e outros animais da floresta.

Eles não conseguem achar o caminho de volta e se veem perdidos e desamparados na escuridão da mata fechada.

As crianças resolvem perambular em busca de ajuda e, de repente, avistam uma casa. Ao chegarem mais perto, notam que a construção era feita de bolos,doces e outras guloseimas.

Surpresos com tal descoberta, João e Maria simplesmente não acreditam no que seus olhos veem! Era como um sonho, e eles correm em direção à casa e começam a comer tudo o que suas bocas conseguem engolir, depois de passar tanta fome

Como tudo o que é bom dura pouco, logo aparece a dona da casa. Era uma mulher bastante idosa e de aparência estranha. De qualquer forma, ela os recebe com simpatia, convidando-os para entrar.

Os irmãos pensam se tratar de uma senhora solidária, já que é oferecido ainda mais comida a eles. Mas, com o tempo percebem que na realidade a mulher era uma bruxa malvada

Isso porque a idosa tinha uma gaiola, onde prendeu João com o intuito de alimentá-lo até que ele ficasse gordo o suficiente para ser abatido e assado em um enorme forno. Enquanto isso, Maria era obrigada a realizar todo tipo de trabalho doméstico.

A bruxa, enxergava com dificuldade, verificava se o menino estava engordando, mandando que ele lhe mostrasse seu dedo para ela apalpar. João, muito esperto, conseguiu enganar a velha lhe mostrando um fino graveto. Por isso, os irmãos permaneceram muito tempo na cabana de doces.

Chega um dia em que a bruxa já está irritada e cansada de esperar que o menino fique gordo para ser devorado. Ela resolve então assá-lo de qualquer maneira.

Maria continuava a trabalhar e a bruxa lhe manda acender o forno. Quando a velha chega perto para verificar a temperatura, a menina rapidamente a empurra para dentro do forno e fecha a tampa, trancando a malvada lá dentro.

Maria liberta o irmão e eles entram novamente na casa para ver o que a bruxa escondia. As crianças encontram, pedras preciosas e dinheiro.

Levando o tesouro da feiticeira, voltam para a floresta a fim de procurar o caminho de casa.

Entretanto, conseguem encontrar sua antiga casa. Lá dentro estava o pai, que quando os vê chora de felicidade. Ele havia sentido muito remorso e culpa pela covardia de abandonar as crianças indefesas.

A essa altura, a madrasta má já havia morrido e as crianças puderam crescer felizes ao lado do pai. Eles já não passavam fome e os tempos de miséria tinham ficado no passado.